
No local, diversas crianças convivem com mais de 400 animais, com os quais dividem espaço e zoonozes (doenças que passam de pessoas para animais e de animais para pessoas). Alem disso, o local conta a grave falta de higiene e acumulo de lixo. Descaso que já fez vítimas. “Isso é muito sério aqui. Há pouco meses, perdemos uma criança por conta de vermes. Muitas ficam doentes.” relatou Sônia Barbosa, agente escolar.

O local é foco constante de abandono de animais, que são acolhidos pelos moradores da Aldeia. Desde agosto de 2014, a ANCLIVEPA-SP instalou no local, uma Unidade Veterinária Móvel, para tratar desses animais, os casos graves são transferidos para a unidades do Serviço Veterinário da ANCLIVEPA-SP (Hospital Veterinário Público de São Paulo).
Entre as ações realizadas, também estão a instalação de câmeras em pontos estratégicos para diminuir o índice de abandono de animais e a contratação de dois índios que ficam responsáveis pela limpeza geral e recolhimento de lixo do local.
Da palestra organizada nesta quarta-feira pelo diretor científico da ANCLIVEPA-SP, Luciano Giovaninni, participaram cerca de 100 crianças e alguns pais. Durante o evento, o diretor falou sobre Higiene pessoal, higiene dos animais e microorganismo.

“Precisamos muito de ações como essas. Porque aqui eles não sabem mesmo e já têm o costume de não fazer a higiene, principalmente com os bichos. Não é que não possa ter animal, pode ter. Mas é preciso cuidar, ter higiene“, disse o educador e morador da aldeia Pedro Luiz Macena.

De acordo como Luciano Giovaninni, novas ações serão realizadas, como melhorias do circuito de câmeras e a contratação de mais um funcionário para a limpeza. O diretor frisa também que está em busca de médicos veterinários que queiram trabalhar no local. “Não é um trabalho voluntário, é remunerado e também vai agregar muito conhecimento ao profissional.”, finalizou
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